De 17 a 24 de junho, os Quadros Bíblicos às margens do Rio Este servem de inspiração das Festas de São João de Braga, que voltam a encher a Cidade de festa, tradição e devoção.
As Festas de São João de Braga começaram esta segunda-feira, dia 17 de junho, com um dia repleto de momentos que celebraram a identidade, a cultura popular e a alma sanjoanina da Cidade. Com um programa diversificado e vibrante, o primeiro dia das festividades ficou marcado por iniciativas que envolveram todas as gerações, da infância à memória coletiva dos bracarenses, sem nunca fechar as portas a todos aqueles que desejam conhecer a Maior e Mais Antiga Festa Popular do País.
O repique dos carrilhões das igrejas de Santa Cruz, São Vicente, Sé Primaz e Bom Jesus ecoou pela Cidade, anunciando a chegada das Festas de São João de Braga 2025. A Igreja de São João do Souto recebeu os fiéis na Novena a São João Baptista, evocando a dimensão religiosa que continua a ser o coração das festividades. As ruas do centro histórico encheram-se de cor e animação com o tradicional Cortejo “São João da Pequenada”. A edição deste ano bateu o recorde do ano anterior, com cerca de 1000 crianças, quando no ano transato participaram mais de 800. Durante toda a manhã, a Praça da República foi palco de animação de rua, com destaque para as “Ardinas Braga25”, que envolveram os transeuntes num ambiente festivo e informal, com criatividade e boa disposição.
A apresentação do livro infantil ilustrado “Era uma vez… o São João de Braga”, com ilustrações de Matilde Horta, teve lugar na Livraria Centésima Página. Esta obra reforça a importância de transmitir a tradição às novas gerações. Trata-se do quarto livro editado pela Associação de Festas de São João de Braga numa coletânea que aborda diferentes tradições alusivas ao São João de Braga. Recorde-se que, durante as festividades, a coletânea — composta, ainda, por “São João Hoje – Cancioneiro Sanjoanino Bracarense” (2022), com ilustrações de André Eiras, “Tradições do São João de Braga” (2023), com ilustrações de Soraia Oliveira, e “Trajar no São João de Braga” (2024), com ilustrações de Zita Pinto — servirá de mote para diferentes oficinas criativas que terão lugar no Largo de S. Francisco.
Às 17h00, o Palácio do Raio abriu as portas à exposição “Memórias Visuais do S. João de Braga a partir da obra de José Veiga”, momento que integra o programa de comemoração do centenário do nascimento de José Veiga e, através de uma abordagem multidisciplinar resgata a memória e a história iconográfica das Festas da cidade. Seguiu-se a inauguração do concurso “Cascatas Sanjoaninas”, no Braga Parque, que promove a criatividade de sete associações e instituições culturais participantes, tendo sempre o São João como inspiração maior. No final da tarde, a Praça da República recebeu o projeto “O Cavaquinho na Escola”, num momento de celebração da música tradicional e da formação artística dos mais jovens.
À noite, Braga iluminou-se com o espetáculo multimedia e interativo “Faça-se Luz”, que culminou na atuação da Banda Filarmónica de Cabreiros que não deixou esquecer os temas musicais mais importantes dos festejos bracarenses. A noite terminou no Parque da Ponte que acolheu os tradicionais Cantares ao Desafio, onde o improviso e o humor popular foram reis.
Este ano, os festejos decorrem de 17 a 24 de junho, para os quais a organização preparou uma programação intensa e abrangente, contando com inúmeros contributos e participação de várias entidades e instituições locais, reforçando a confiança dos bracarenses e de quem visita a cidade naquela que é a maior festa popular de todo o país.